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A Associação Comercial de Santo Augusto (ACISA) ,realizou nesta segunda-feira, dia 12 de maio, o aguardado Sorteio Especial de Dia das Mães. A ação faz parte das campanhas promocionais que valorizam o comércio local e os consumidores que prestigiam as empresas associadas.
Três vale-compras foram sorteados entre os participantes que compraram nas lojas integrantes da ACISA. Confira os ganhadores:
3º vale-compras – R$ 250,00: Deusmetria – realizou sua compra na Esconcept
2º vale-compras – R$ 250,00: Odair Mattioni – comprou na Vesal Veículos
1º vale-compras – R$ 500,00: Schirley Lima – cliente do Supermercado Master
A ACISA parabeniza os contemplados e informa que os ganhadores podem se dirigir até a sede da entidade para retirar seus vale-compras.
Com essa iniciativa, a associação reforça seu compromisso com o fortalecimento do comércio de Santo Augusto e agradece a participação de todos. Fique atento às próximas campanhas promocionais e continue comprando no comércio local!
]]>A maternidade tem o potencial de reinventar o ser a cada nova vida, algo único, singelo e especial, gerando um vínculo forte e inquebrável. Aos 42 anos, a empreendedora Daiana Tomelero vive o momento mais sublime de sua jornada, a chegada do pequeno Miguel.
Para ela, a maternidade a moldou e impulsionou sua caminhada.
“Fui mãe aos 24 anos, do Matheus, e logo depois da Júlia. Com dois filhos pequenos, decidi criar e investir no meu trabalho. A Cabide Mágico, loja especializada em artigos infantis, surgiu da motivação mais pura que existe: o amor por eles, minha maior fonte de inspiração”, revela
Agora, enquanto aguarda a chegada do pequeno Miguel, Daiana reflete sobre essa fase com um olhar mais tranquilo e agradecido. “A maturidade nos trouxe a sabedoria de entender que a ansiedade não é necessária. A fé, sim, é o que guia nossos os. Esse é o meu momento de renovação, uma renovação que sinto tanto no corpo quanto na alma”, compartilha, com um brilho nos olhos.
Daiana acredita que a maternidade é mais que um papel, é uma missão divina. “É o maior presente que podemos viver, algo que nos transforma e nos ensina. Cada filho vem com um propósito que só Deus pode entender. A maternidade nos eleva, nos redefine. Sou imensamente grata por poder viver essa história com Matheus, Júlia e Miguel — os maiores presentes que Deus me deu e que eu pude dar a Ele também”, coloca. “A cada dia, aprendo mais sobre o que significa ser mãe. Meu coração transborda de gratidão e amor por essa nova vida que está por vir. A maternidade nos ensina o que é amar de forma incondicional, a renovação que vem com cada etapa da vida é o que torna essa experiência única e inesquecível”, finaliza.
A psicóloga, Ana Savagnago, explica que o sentimento se trata da sensação de inadequação ou insuficiência, que aparece quando a mãe sente que não está cumprindo bem o seu papel. “É uma emoção natural, mas se torna um fardo quando aparece com frequência e intensidade”, explica. “É um sentimento comum porque a maternidade costuma vir acompanhada de altas expectativas que nem sempre são realistas”, complementa.
Conforme a profissional, a culpa está diretamente relacionada às altas expectativas que recaem sobre a maternidade — muitas vezes, expectativas irreais. “As mães frequentemente sentem que precisam estar presentes, pacientes, disponíveis e perfeitas o tempo todo, o que nem sempre é possível”, reforça.
Na prática, diversos episódios aparentemente pequenos são suficientes para acionar esse sentimento, tais como ficar irritada ou gritar com a criança; não conseguir amamentar ou desistir antes de esperado; compara-se a outras mães; achar que o filho “não está se desenvolvendo como deveria”; querer um tempo só para si — e se sentir egoísta por isso.
“Esses gatilhos estão ligados a uma autoexigência desproporcional, que transforma pequenas falhas ou necessidades legítimas em grandes dilemas emocionais”, observa a psicóloga.
A culpa costuma ser mais intensa nas mães de primeira viagem, que ainda estão se adaptando a uma nova realidade cheia de incertezas. No entanto, não se limita aos primeiros anos da criança. “Ela pode continuar ao longo de toda a jornada materna. A culpa pode se transformar, mas persiste se não for trabalhada com consciência e autocompaixão”, alerta.
Outro fator que contribui significativamente para a amplificação da culpa é o ideal de perfeição reforçado culturalmente. “Vivemos numa cultura que ainda idealiza a maternidade. A ‘mãe perfeita’ é calma, criativa, amorosa, paciente, disponível e feliz o tempo todo!”, explica Ana. As redes sociais potencializam esse cenário: ali, tudo parece perfeito. “Vemos mães que fazem tudo ‘certo’, com filhos bem-comportados, alimentação saudável e casa arrumada. Mas não vemos os bastidores, os choros, os erros, os cansaços. Isso cria a falsa ideia de que ‘só você está errando’, o que alimenta a culpa”, diz.
Quando a culpa vira sofrimento
Se não reconhecida e cuidada, a culpa prolongada pode trazer consequências sérias à saúde mental das mães. Entre os efeitos mais comuns estão a ansiedade constante, com preocupação e medo de errar o tempo todo; a depressão, acompanhada da sensação de fracasso e desvalorização pessoal; baixa autoestima, com a percepção constante de ser uma “má mãe”; esgotamento físico e emocional; dificuldade de autocuidado e sensação de aprisionamento no papel materno. Além disso, muitas mulheres am a se autopunir, privando-se de momentos de prazer ou descanso por acharem que “não merecem”.
A culpa também pode interferir diretamente na forma como a mãe se relaciona com os filhos e na educação que oferece. “A culpa desregulada atrapalha tanto o afeto quanto a firmeza na criação”, destaca Ana.
Dois comportamentos comuns decorrentes desse sentimento são a supercompensação, que é quando a mãe tenta agradar o tempo todo, evita dizer “não” e cede aos pedidos da criança como forma de compensar sua ausência ou erros percebidos — o que pode prejudicar o estabelecimento de limites e a autonomia do filho; e o distanciamento emocional: quando a culpa é muito intensa, a mãe pode se sentir tão incapaz que acaba se desligando emocionalmente, afetando o vínculo afetivo e a sensação de segurança da criança.
Há que se preocupar quando a culpa se torna constante, mesmo sem motivo claro, ou quando provoca a autocrítica severa e paralisante; além dos momentos em que afeta o humor, o sono, o apetite ou o desejo de interagir com os filhos. “Nesse ponto, é fundamental buscar apoio de um profissional de saúde mental”, orienta a psicóloga, Ana Savagnago.
Segundo a profissional, é possível adotar estratégias específicas para que essa jornada se torne mais leve. “Reconheça que errar é humano e necessário para aprender; pratique a autocompaixão: fale consigo como falaria com uma amiga querida; converse com outras mães — compartilhar vivências mostra que você não está sozinha; consuma conteúdos reais sobre maternidade, e não apenas os idealizados; valorize o que você consegue fazer, em vez de focar só no que “falhou”; separe culpa de responsabilidade: culpa paralisa, responsabilidade transforma; permita-se ter uma identidade além de “ser mãe”: cuidar de si é também cuidar do seu filho”, orienta. “O mais importante é buscar ajuda profissional, se perceber que a culpa está afetando seu bem-estar”, finaliza.
A empresária de Santo Augusto, Jussara da Rocha vivencia esse desafio todos os dias. Para ela, falar dos filhos é algo emocionante, que dá brilho aos olhos e orgulho pelo caminho traçado até aqui. Ela sonhava em ser mãe, título conquistado aos 26 anos com o nascimento do pequeno Caetano, hoje com 6 anos. Contudo, em seu coração Jussara nutria o desejo de ter dois filhos, o que, por coincidência, realizou-se quatro anos depois, com a chegada de Vicente (hoje com 2 anos), completando a família. “Ser mãe sempre foi um sonho, e felizmente pude realizar. Porém, ao mesmo tempo, lutava pela minha independência, buscando evoluir como mulher e me realizar profissionalmente. Hoje vejo que sou realizada em ambos”, reflete a empresária.
Na chegada do primeiro filho, Jussara contou com o apoio incondicional da sua mãe, o que para ela foi fundamental. “Foi uma fase leve, bonita. Lembro como se fosse ontem o jeito que ela me olhava, com iração, carinho, empatia, um olhar especial de mãe”, relata. Já na vez do pequeno Vicente, a experiência foi diferente. “Ali eu já me sentia uma nova mulher. Mais forte, mais segura. Vivi uma conexão ainda mais profunda com meu companheiro. A maternidade nos uniu de uma forma intensa e bonita, pois foi uma decisão que tomamos juntos”, comenta.
Contudo, ser colo e abrigo para duas crianças é um desafio vivido por inúmeras famílias brasileiras, e conciliar a carga laboral com as atividades diárias de uma mãe e dona de casa, nem sempre é algo leve de viver. A fim de vencer as adversidades do contexto, Jussara tomou a decisão de empreender. “Lancei-me no empreendedorismo, algo novo e desafiador, mas que me trouxe uma identificação enorme. Aprendi, cresci, conquistei clientes e amigos maravilhosos — e o mais importante: pude viver tudo isso com meus pequenos juntinho de mim”, relata.
Para ela, maternar é uma jornada de constante aprendizado. “Assim como os filhos crescem, a mulher também cresce ao se tornar mãe. A gente não nasce sabendo tudo, aprende no dia a dia, com cada sorriso, cada choro, cada novo o dos filhos, e também com nossos próprios tropeços”, coloca.
Entre a realização de um sonho e o enfrentamento diário de tantos papéis, Jussara encontrou no amor, no afeto e na determinação os pilares da sua trajetória. “O nascimento dos meus filhos foi mágico. O primeiro choro, o primeiro olhar… são momentos que ficam eternizados no coração. A maternidade me transformou. E, todos os dias, sigo me descobrindo, me adaptando e me fortalecendo nesse caminho que é ser mãe”, finalizou.
Nos primeiros meses de vida, tudo o que um bebê deveria conhecer é o aconchego dos braços da mãe, o ritmo sereno da casa e o cheiro adocicado da infância que começa a desabrochar. Para a pequena Allana Pettenon, esse início foi marcado pelo afeto, pela delicadeza e pelo zelo dos pais Ana Rúbia e Anderson Pettenon. Tudo ia bem, até que pequenos sinais começaram a chamar a atenção, anunciando uma caminhada inesperada, mas que reafirmaria o amor profundo provado pela maternidade.
“Sempre tive um pouco de medo de engravidar”, conta Ana. “Quando decidimos, foi um desafio. Demorei alguns meses até conseguir. Fiz vários testes e todos davam negativo. Quando finalmente vi o positivo, foi uma alegria imensa”, relembra. A gestação transcorreu com tranquilidade, assim como o parto. “Tive uma rede de apoio maravilhosa. Mesmo os pequenos desafios com a amamentação e o pós-parto foram normais”, acrescenta.
A rotina da família começou a mudar quando Allana completou quatro meses. Em algumas fotos, familiares notaram algo diferente nos olhos da bebê. “O olho dela ficava esbranquiçado, tipo olho de gato, na presença do flash. E uma pupila parecia maior que a outra.” A observação levou a uma consulta em o Fundo, onde a médica solicitou exames. O diagnóstico veio logo depois, aos sete meses: retinoblastoma, um câncer raro e agressivo nos olhos. “Foi um baque para toda a família. Uma situação que nunca imaginamos ar”, relembra a mãe.
O medo tomou conta da família santo-augustense.
“Desde o início, os médicos foram muito sinceros. Diziam que existia, sim, a possibilidade de perdê-la. Como mãe, ver ela ando por tanta coisa ainda tão pequena e não poder fazer nada, foi desesperador. Eu me sentia impotente”, desabafa.
“Tivemos medo de perdê-la a cada momento – ainda tenho na verdade”, coloca. A força para continuar veio da fé e da rede de apoio. “Foi Deus. A oração das pessoas, o apoio dos meus familiares, que seguraram minha mão o tempo todo… isso me sustentou. Não sei como teria conseguido sozinha”, analisa.
O tratamento iniciado com urgência, consistia em diversas sessões de quimioterapia e de fotocoagulação, estes realizado em Porto Alegre. Mas, deu certo. Com o fim do tratamento, Allana teve parte da visão comprometida no olho afetado, apresentando um pequeno desvio no olhar. A cada três meses, a família segue até a Capital do Estado para acompanhar a evolução do quadro. “O que mais amo nela é a risada, é um som incomparável. A força dela, a leveza, são características que nos dão ainda mais força para lutar e também para enfrentar a situação de frente”, relata a mãe.
A difícil jornada em busca da cura do câncer, transformou a família por completo, em especial a mãe. “Isso me mudou como pessoa, mudou a forma como vejo o mundo e me fez amadurecer muito. Como mãe, só aumentou ainda mais o amor que sinto por ela. Me aproximou ainda mais dela.” Durante o tratamento, Allana ficou muito frágil. “Todo cuidado era pouco. A responsabilidade que tive nas mãos foi imensa”, recorda.
Hoje, ao olhar para trás, Ana se reconhece diferente. Mais forte. Mais mãe.
“Ser mãe é ser aconchego, proteção, amor. É como escrever num caderno em branco. A gente molda aquele serzinho tão pequeno, e de repente vê que eles já estão agindo como nós… e é tão lindo”, finaliza.
Entre ursinhos de pelúcia e enfeites escolhidos com carinho para acolher com ternura, o pequeno Bento, de apenas seis meses, repousa sereno — envolto não apenas por mantas, mas pelo amor imenso que o cerca. Enquanto ele dorme, os pais, Camila Gross e Francisco Rohde, acompanham o ritmo tranquilo da respiração do filho e, em silêncio, revivem as lembranças de tudo que os conduziu até ali. Cada o, cada espera, cada esperança — tudo parece fazer ainda mais sentido agora.
Tentantes há algum tempo, o casal trazia no peito a dor de uma perda anterior. Por isso, quando o som do coração de Bento ecoou pela primeira vez no exame morfológico, a emoção tomou conta. “Foi um sentimento indescritível — uma mistura de felicidade, emoção, tranquilidade, amor e euforia. Naquele momento, soubemos: havia dado certo”, relembra a odontóloga, Camila Gross.
Desde então, tudo mudou. Camila, que sempre foi dedicada à odontologia e à rotina intensa de consultório, viu-se diante de um universo completamente novo. “Parece clichê, mas tudo muda. As expectativas, as prioridades, os julgamentos. Por fora, talvez a gente volte a ser como antes, mas por dentro… há muito mais empatia com outras mães, muito amor que estava guardado em algum lugar”, confidencia.
Um dos maiores desafios, segundo ela, foi o retorno ao trabalho. Autônoma, precisou retomar os atendimentos com apenas um mês de pós-parto. O cansaço físico dividia espaço com a culpa e a sobrecarga emocional. “Se estava no consultório, pensava que deveria estar com o Bento. E se estava com ele, imaginava o trabalho me esperando”, lembra. A amamentação, que começou intensa, foi sendo prejudicada pelo estresse e a distância, até que o complemento se tornou necessário. “Conversar com outras mães me ajudou a entender que tudo isso é normal e que, sim, tudo ficaria bem”, coloca.
Entretanto, a maternidade revela sua grandeza nos detalhes mais simples, com um potencial sublime de evolução. “Eu sempre fui um pouco egoísta com meu tempo, meu sono, minha rotina. Hoje sou mais paciente, resiliente, tolerante”, reflete Camila. “É um amor tão profundo que às vezes até dói”, complementa. A nova fase também conseguiu aproximar Camila ainda mais da sua própria mãe, que agora recebia o título de avó.
“Junto com o amor por ele, veio um amor maior por todos os meus entes queridos, principalmente por ela. Agora eu entendo”, diz.
Entre todas as lembranças, há uma em especial que emociona a mãe e a profissional: aos quatro dias de vida, Bento ou por uma frenectomia — um pequeno procedimento para correção de língua presa — e foi a própria Camila quem o realizou. “Foi delicado, mas foi também um momento de conexão imensa”, avaliou.
Mesmo com a rotina agitada, a rede de apoio — formada por familiares e especialmente por Francisco — tem sido essencial para manter o equilíbrio. Camila diminuiu o ritmo profissional e se permite, sempre que está com o filho, estar por inteiro. “Aprendi a estar presente de verdade, com atenção e afeto.”
Hoje, o Dia das Mães tem outro significado. Deixou de ser apenas uma homenagem e se tornou um lembrete da força que brota todos os dias no coração de quem cuida, protege, acolhe. “É uma celebração de mais um ano em que fomos fortes, persistentes e amorosas. E, para mim, é também o dia de lembrar o quanto sou importante para aquele que me vê como indispensável.”
E se antes o casal cogitava ter apenas um filho, Bento chegou para mudar até isso. Com um sorriso, Camila revela: “Não pretendia nem ter um. Agora penso que poderia dar um irmão para o Bento, sim.”
O amor de mãe é celebrado em diferentes datas ao redor do mundo — não é um privilégio apenas do Brasil. Por aqui, o segundo domingo de maio é reservado para homenagens, abraços apertados e declarações de carinho. Mas em muitos outros países, o Dia das Mães ocorre em épocas distintas, com datas fixas ou móveis, conforme as tradições locais.
Desde os tempos da Antiguidade, civilizações como os gregos e romanos já realizavam rituais dedicados a figuras maternas divinas, como Reia e Cibele, representando a fertilidade e a proteção da família. Na Inglaterra e na Irlanda do século 16, surgiu o chamado “Domingo das Mães”, ocasião em que filhos eram incentivados a visitar a igreja de sua infância — normalmente a mesma frequentada por suas mães — o que acabava promovendo reencontros familiares. Nessa data, também se prestavam homenagens a Maria, mãe de Jesus, fortalecendo o caráter religioso da celebração.
A origem moderna da data, no entanto, tem raízes nos Estados Unidos. A história começa com Anna Jarvis, uma jovem que, tomada pelo luto após a morte de sua mãe, resolveu organizar uma homenagem coletiva às mães — vivas e falecidas. A iniciativa tocou tantas pessoas que Anna ou a fazer campanha pela instituição de um dia oficial para a comemoração. Em 1914, o então presidente Woodrow Wilson atendeu ao pedido e proclamou o segundo domingo de maio como o Dia das Mães nos EUA.
Inspirados pelo exemplo americano, diversos países aderiram à ideia, espalhando a comemoração pelo calendário global — de fevereiro a dezembro. No Brasil, foi Getúlio Vargas quem oficializou a data em 1932, também no segundo domingo de maio.
Atualmente, além de brasileiros e norte-americanos, países como Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, China, Dinamarca, Estônia, Finlândia, Formosa (Taiwan), Grécia, Itália, Japão, Nova Zelândia, Peru, Suíça, Turquia e Venezuela celebram o Dia das Mães na mesma data que nós.
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A afirmação é do prefeito de Esperança do Sul, Ademir da Cruz (MDB), eleito no pleito de 2024, ao lado do também emedebista, Erani Muller (Zoio), durante uma entrevista concedida ao jornal O CELEIRO nessa semana. A dupla falou sobre prioridades de governo, dificuldades e o expressivo resultado das urnas.
Confira a entrevista.
JC: Ademir, é a primeira vez que você concorreu a prefeito municipal. Como estão sendo esses teus primeiros dias de mandato?
Ademir: “Sim, foi minha primeira candidatura como prefeito e hoje estou na função, assim como também é a primeira vez do nosso vice, Irani. Tenho 23 anos de experiência na vida pública, em cargos comissionados ou eletivos. Fui vereador, presidente da câmara e estive quase oito anos como secretário de saúde na gestão anterior. Estar agora à frente do Executivo é um desafio e uma grande responsabilidade”.
JC: Como foi o processo de transição entre a gestão ada e a atual?
Ademir: “Fizemos um processo de transição bem estruturado. A antiga istração se colocou à disposição e conseguimos receber todos os informes necessários. Isso nos ajudou bastante a dar continuidade aos trabalhos, mesmo que os desafios tenham sido grandes”.
JC: Vocês tiveram um número expressivo de votos nas últimas eleições. Como foi receber esse resultado?
Ademir: “Foi muito gratificante. Durante a campanha, percebemos um grande apoio da população, mas nunca se pode ter certeza até o resultado final. Essa vitória expressiva, com cerca de 85% dos votos, nos confirmou que o trabalho que fiz como secretário de saúde e o que meu vice fez como vereador foram reconhecidos. Também aumenta nossa responsabilidade de cumprir com tudo aquilo que prometemos no nosso plano de governo”.
JC: Começo de mandato geralmente envolve questões organizacionais. Quais vocês acreditam que serão os maiores desafios desse período?
Ademir: “Iniciamos a gestão enfrentando uma grande estiagem, o que é sempre um desafio para os municípios da nossa região. Além disso, encontramos o parque de máquinas necessitando de muitos reparos. Precisamos contratar uma terceirizada para manter as estradas em boas condições, principalmente com o início do ano letivo. Esses problemas estruturais demandam tempo e recursos, mas estamos trabalhando para superá-los”.
JC: Sobre a composição da equipe, vocês já nomearam todos os secretários? Houve alguma novidade?
Ademir: “Sim, montamos uma equipe comprometida e experiente. Nosso foco é trazer novas ideias e melhorar cada vez mais a gestão, sempre priorizando o atendimento às demandas da população. Estamos trabalhando juntos para superar os desafios iniciais e implementar as ações do nosso plano de governo”.
JC: Como está a situação econômica da prefeitura?
Ademir: “Hoje estamos trabalhando para manter as contas em dia, um equilíbrio entre aquilo que arrecadamos e o que gastamos. Sabemos que 2025 será um ano muito difícil, em virtude da seca que acometeu as lavouras precoces da soja deste ano. Estimamos que mais de 40% do cultivado tenha sido comprometido, e irá refletir na nossa economia”.
JC: Quais serão as principais prioridades do seu governo?
Ademir: “A nossa principal prioridade será o bom atendimento aos nossos munícipes. Queremos manter um bom diálogo com as pessoas. Sermos receptivos, complacentes, humanos, empáticos, acolhedores, escutar os nossos munícipes. Essa é a marca que queremos deixar para a nossa população”.
JC: Quais serão as prioridades do seu governo?
Ademir: “Com certeza será saúde, educação e agricultura. Porém, teremos um cuidado especial em todas os setores. Para nós, todas as áreas são prioridades”.
JC: O que a comunidade pode esperar do seu governo?
Ademir: “A comunidade pode esperar muito trabalho, comprometimento, humanização, força de vontade, empenho, dedicação. Tudo aquilo que nós levamos à comunidade durante o período eleitoral, será nossa meta tirar do papel e tornar realidade, sempre com muito diálogo, ouvindo a nossa população, buscando atender as suas necessidades”.
Depois de nove processos de fertilização, Bianca Wiegert tornou-se mãe de Helena e Julia, uma via FIV e outra naturalmente. Ela conta sobre os desafios superados durante o processo e da alegria ao ouvir o som do coração das pequenas quando bebês.
Uma força inigualável, uma conexão capaz de transcender todas as emoções, um amor poderoso que nutre, que apoia, guia, incentiva, zela e ensina, com o intuito de perpetuar indivíduos amorosos, comivos e resilientes – amor de mãe, insuperável, único. Viver o processo da maternidade, dar àluz, ser colo para alguém, desejos que andam lado a lado com a obstinação e que guiaram o instinto materno da dentista Bianca Wiegert, mãe das pequenas Helena e Julia.
A relação entre Bianca e maternidade existia desde criança, porém, em função do dia a dia corrido, acabou adormecido por um tempo. Porém, o nascimento da sobrinha, Maria Alice, mudou essa perspectiva. “Quando a Maria Alice nasceu, reacenderam em mim, com muita força, a vontade de ser mãe”, explica. Contudo, a natureza parecia ter outros planos para a dentista e testou, de uma forma até cruel, o seu desejo de ser mãe. Ela precisou ar por nove processos de fertilizações até engravidar da primogênita, Helena (e uma perda gestacional durante as tentativas). “Eu ia de três a quatro vezes por semana a Porto Alegre, para realizar os exames durante cada ciclo. Eu ia e voltava porque não podia deixar de trabalhar”, comenta.
O processo de Fertilização In Vitro é um processo invasivo, que acaba por impactar a situação financeira e emocional de todo casal. “É um processo que impacta muito o emocional e financeiramente, não é nada fácil. Você e seu parceiro precisam estar muito fortalecidos porque sensibiliza muito o casal. Eu e o Douglas nos apoiávamos muito nos momentos de tristeza, de resultados negativos e isso foi fundamental para perseverarmos na nossa busca”, recorda. Ela ainda conta que utilizava o trabalho como válvula de escape para ar a situação. “Exercer o meu trabalho me ocupava e ajudava a seguir em frente”, analisa.
Entretanto, o som singular de batidas trouxe uma nova sintonia à vida do casal e compensou os quilômetros percorridos, as horas de sono perdido e as lágrimas, dessa vez, eram de alegria. “Ouvir o coração da Helena pela primeira vez, foi, com certeza, uma das maiores emoções que tive na vida. Sou eternamente grata por ter vivido essa emoção”, recorta.
E mais uma vez, para provar que os planos de Deus são melhores que os nossos, Bianca engravidou naturalmente na sua segunda gestação. “A Julia veio como um grande presente, uma surpresa linda que jamais imaginaríamos. Ela veio para coroar toda a luta que amos”, comemora. Porém, ironicamente, depois do nascimento da caçula, a dentista precisou fazer ligadura.
OS DESAFIOS DA MATERNIDADE
Agora, mãe de duas meninas, Bianca vive diariamente os desafios impostos pela maternidade, atividade que, por muitas vezes, vem carregado de culpa e cobrança. “A maternidade é sempre um grande desafio. A vontade e o empenho em fazer tudo certo, encaminhá-las para serem pessoas boas, que respeitem o próximo e as diferenças, tenham um bom coração e se importem com o mundo, é uma luta diária. As mães, de forma geral, se cobram muito, e a sociedade cobra muito das mães. Estou aos poucos aprendendo que ainda que tentemos diariamente, não acertaremos o tempo todo e acredito que isso torna a maternidade ainda mais linda e leve”, analisa. “A minha jornada de trabalho é extensa, o que já me fez sofrer muito pela culpa de não estar o tempo todo por elas. Por isso o desafio é oferecer para elas um tempo de qualidade e estar 100% disponível quando estamos juntas”, conclui.
Apesar disso, para Bianca, o importante é saber que o papel é desempenhado da melhor maneira possível, mesmo que isso pareça clichê. “A maternidade definitivamente não pode ser romantizada, porque não é fácil. Cada mãe tem a sua realidade e sempre somos muito cobradas para sermos perfeitas, o que é humanamente impossível. O importante é sabermos que vamos acertar, errar, e que estamos fazendo o nosso melhor papel da melhor maneira que podemos. Sei que esse discurso é mais fácil de ser dito do que ser executado, mas nós precisamos aos poucos nos cobrarmos menos e termos mais leveza”, analisa.
Por fim, o brilho nos olhos de Bianca ao falar das filhas é algo imensurável e indescritível, algo que somente uma mãe pode ter. “Sou imensamente grata por ter o privilégio de ser mãe das minhas meninas e hoje não imagino a minha vida sem elas. A Helena e a Julia são crianças incríveis, com qualidades que me orgulham muito. Quero que elas sejam muito felizes, sendo o que quiserem ser. Peço diariamente sabedoria para conduzi-las, entendê-las e acolhê-las com todo o amor que elas merecem. O amor de mãe é incondicional, e o amor que recebemos de volta diariamente é insuperável”, conclui.12
De onde vem a força de uma mãe? Como entender os mistérios da vida e aceitar as decisões do destino – um processo que deixa cicatrizes eternas, marcas que jamais desaparecerão. Porém, tal qual uma Fênix, ela renasce, para ser novamente colo e abrigo, dotada de uma força imensurável, ancorada em sentimentos que irradiam aos rincões, com o papel protagonista, para trazer luz e acalentar aqueles que acreditam no amor de uma mãe. Jaqueline e Fábio Luis Azambuja enfrentaram a pior dor existente para os pais, a perda do filho Luis Enrique Azambuja, aos 5 anos, em dezembro de 2021, vítima de um acidente de carro. Contudo, mesmo tendo todos os motivos para desacreditar no poder da maternidade, eles apostaram e a chegada do pequeno Rafael trouxe de volta a cor à vida dos agricultores.
A tranquilidade e a calmaria da vida no campo, aliada a bagunça gostosa de brinquedos espalhados pelo chão, um lar cheio de alegria e luz – essa era a realidade do casal Jaqueline e Fábio Luis Azambuja desde o nascimento do primogênito, filho Luis Enrique Azambuja. Porém, quis o destino que tudo mudasse e esse cenário repleto de vida e de felicidade, tornou-se apenas uma lembrança. Um acidente de carro, ocorrido em 21 de dezembro de 2021, acabou por vitimar o menino de 5 anos, deixando sequelas imensuráveis no coração daquela família.
A partir dali, foi necessário encontrar maneiras de conviver amigavelmente com o luto. Ora aceitando-o, ora renegando-o, mas convivendo. Para Jaqueline, o silêncio deixado pela partida de Luis Enrique, aliado a organização da casa e a saudade do filho, foram os maiores desafios. “A casa era um barulho só, não tinha silêncio. Os brinquedos espalhados pelo chão – assim eram os nossos dias. Depois da partida do Luis Henrique, tudo mudou. Esse silêncio te mata por dentro, é torturante. Vivíamos uma rotina e de repente tudo muda, perde o sentido, o brilho, a cor, não tínhamos vontade de fazer mais nada. Uma casa limpa e silenciosa é a pior coisa que pode existir”, recorda.
Natural de Severiano de Almeida, ela lembra do filho com carinho. “Ele adorava brincar, se divertir, andar de trator. Gostava de brincar na terra, de visitar os bisavós e de alimentar os animais”, recorda. “Ele nasceu em 27 de agosto de 2016, cheio de vida, de saúde. Loiro dos olhos claros, era o nosso sonho se tornando realidade. Nosso menino, desenhado para nós. Mas Deus tinha outros planos e nos deixou viver esse sonho por apenas cinco anos”, coloca.
Um cenário que quebra, que machuca, que dói até mesmo em quem acompanha de fora a dor da família. Encontrar forças para seguir em frente e quiçá, recomeçar. “Eu não queria mais ser mãe. Para nós, o Luis preenchia tudo. Não sei como explicar a forma que encontramos para seguir em frente e recomeçar a nossa família, mas, com a força do meu esposo, principalmente, e apoio dos familiares, eu engravidei novamente e em 16 de janeiro de 2023 chegou o Rafael. Ele veio para nos devolver a alegria, nosso símbolo do recomeço. Hoje não consigo imaginar como teria sido a nossa vida sem ele”, conta.
Segundo Jaqueline, ao receber a notícia que estava grávida, a espera do Rafael, o medo da perda assombrou os seus pensamentos. “Para quem já perdeu um filho, o medo de ar por tudo novamente é assustador, nos agonia”, explica. Ela diz que até esperava ter uma gestação complicada, devido aos medicamentos que tomava na época e por fazer apenas cinco meses da partida do primogênito, mas não foi bem assim. “Com o nascimento do Rafa, aquela força, aquela alegria, aquela mãe, vai ressurgindo e o medo diminuindo”, complementa.
Hoje, 1 ano e três meses após o nascimento do segundo filho, Rafael, o casal aguarda com ansiedade a chegada de Gabriel, que agora assume o papel de caçula da família. “O Gabriel deve chegar na semana que vem, até o dia 15”, revela a mãe com ansiedade. “Deus é perfeito em todos os detalhes, porque ele foi certeiro em nos mandar o Rafael e o Gabriel, para que tivéssemos força para seguir adiante e recuperar o brilho da vida. A gente nunca vai entender porque precisamos perder o Luis Enrique, mas o que consola uma mãe é saber que um dia haverá um reencontro e quem sabe entender porque tivemos que ar por tudo isso”, reflete.
O luto de uma mãe
A morte é o encerramento do ciclo de uma vida, porém, de difícil compreensão quando os papeis se invertem e aqueles que deveriam dar continuidade à linhagem, partem antes dos pais. Jaqueline diz que a morte de Luis Enrique, até hoje não foi superada e não sabe se um dia será. “A gente vive esse luto, que para mim nunca terá fim. Tu acostumas a viver com essa dor. Já faz dois anos e cinco meses que ele partiu e não tem um dia sequer que eu não chore, que eu não lembre do seu sorriso. Entro no quarto dele e vejo os brinquedos, exatamente como ele deixou. Nem o Rafael, nem o Gabriel tomarão o lugar que era do mano. Viver o luto é inexplicável, mas quando tu olhas o rostinho do Rafa você encontra forças para seguir em frente”, analisa.
Ainda segundo ela, a força da família foi imprescindível para a ‘superação’. “Eu não sei dizer como conseguimos ar por isso. Estamos perdidos sem chão. Nossos amigos, familiares, todos estavam nos apoiando. Tivemos um casal de amigos que ficaram mais de meses em casa conosco, para nossa recuperação, isso foi essencial”, coloca. Jaqueline também enaltece o papel primordial da terapia. “É algo que eu nunca vou deixar de fazer”, afirma.