Agronegócio gaúcho retoma negociações em Brasília para reestruturação de dívidas rurais 5e2x38

Representantes do agronegócio do Rio Grande do Sul retornaram a Brasília na última segunda-feira, 09 de junho, para discutir a renegociação das dívidas de produtores rurais, afetados por problemas climáticos consecutivos. Uma comitiva liderada pela Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa gaúcha apresentará, no Ministério do Desenvolvimento Agrário, uma proposta alternativa à securitização dos ivos, defendendo um prazo de 20 anos para pagamento.
A proposta, elaborada com entidades da agricultura familiar, prevê condições como manutenção de juros originais, prazo de até 12 anos (com dois de carência), isenção de multas e inclusão de dívidas do Pronaf e Pronamp, mesmo as inadimplentes. Também sugere uma linha de crédito para cooperativas refinanciarem débitos de associados.
O deputado Zé Nunes, presidente da comissão, afirmou que a securitização, em discussão no Congresso, é inviável financeiramente, conforme avaliação do ministro Paulo Teixeira. Enquanto isso, a Farsul aguarda a formação de um Grupo de Trabalho no Ministério da Agricultura para tratar do tema. Paralelamente, o Movimento SOS Agro RS mantém mobilizações em diversos municípios.
O termo “securitização” remete a uma forma financeira que transforma dívidas em títulos negociáveis no mercado. 
Em suma, o governo ou instituições financeiras junta essas dívidas e as ream para investidores, liberando o produtor da obrigação direta com o banco. 
Por sua vez, assume-se um novo compromisso, geralmente com prazos mais longos e condições mais íveis para que o agricultor possa cumprir com seus obrigações financeiras. A securitização das dívidas rurais busca ainda a recuperação da produção, ao permitir que os produtores se reforcem e retomem a produção agropecuária e o incentivo ao investimento – reduzindo o risco para investidores e facilitando a obtenção de crédito rural.

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